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A ILUSÃO DO SUCESSO ORGÂNICO NAS REDES SOCIAIS:

Um Dilema de Tostines na Era Digital

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Você já se sentiu preso na roda-viva da criação de conteúdo para redes sociais? Publicando incessantemente, na esperança de ver seus seguidores explodirem e seus negócios decolarem? A promessa é sedutora: sucesso orgânico e crescimento ilimitado se você apenas se dedicar o suficiente. Mas será que essa narrativa não esconde uma verdade mais complexa?

É hora de desmistificar um ponto crucial: se o sucesso orgânico fosse fácil e acessível para todos, as plataformas teriam muito menos incentivo para que você investisse em anúncios pagos. Pense nisso. O modelo de negócio das gigantes da tecnologia — Facebook, Instagram, TikTok, LinkedIn — é sustentado massivamente pela publicidade.


O MOTOR POR TRÁS DO "CONTEÚDO GRATUITO"


As redes sociais são máquinas de atenção. Quanto mais tempo você e milhões de outros usuários passam rolando o feed, mais oportunidades as plataformas têm de exibir anúncios. Seu conteúdo, por mais autêntico e valioso que seja, serve como o combustível que mantém essa máquina funcionando.


Nós, criadores e empreendedores, somos incentivados a produzir cada vez mais, na crença de que é assim que alcançaremos nossos objetivos de negócio. Mas, na prática, essa busca incessante por visibilidade orgânica muitas vezes nos leva a um ciclo exaustivo, onde o retorno sobre o investimento de tempo e esforço pode ser desproporcionalmente baixo.


A SUTIL PRESSÃO PARA O INVESTIMENTO PAGO


Não é coincidência que, ao mesmo tempo em que a concorrência por atenção orgânica aumenta, as ferramentas de anúncios pagos se tornam cada vez mais sofisticadas e, aparentemente, indispensáveis. Se seu alcance orgânico diminui, a solução "lógica" oferecida pelas próprias plataformas é impulsionar suas publicações ou criar campanhas pagas. E é aí que o ciclo se fecha: você cria conteúdo gratuitamente, ele tem um alcance limitado, e a "solução" para amplificá-lo é pagar a quem hospeda seu conteúdo.


É um sistema que, embora ofereça oportunidades inegáveis para construir comunidades e alcançar públicos, é fundamentalmente projetado para maximizar o benefício e os lucros das próprias plataformas.


O DILEMA DE TOSTINES DIGITAL


Aqui entramos em um verdadeiro Dilema de Tostines digital. A famosa pergunta "Tostines vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?" encontra um eco perfeito nas redes sociais:


As redes sociais são relevantes e movimentadas porque as pessoas geram muito conteúdo, ou as pessoas geram muito conteúdo porque as redes sociais são relevantes e movimentadas?


Essa dicotomia revela uma interdependência curiosa, mas com um poder desproporcionalmente maior nas mãos das plataformas. Elas definem as regras do jogo, os algoritmos que decidem o que será visto (e por quem), e a estrutura de monetização. A ilusão de que é um caminho mais fácil ou acessível do que realmente é nos faz acreditar que basta seguir a fórmula de "postar sempre e interagir" para colher grandes resultados. A realidade, porém, é que apenas uma minoria consegue um sucesso orgânico espetacular e duradouro. Esses casos de sucesso são amplamente divulgados, servindo como exemplos e alimentando a esperança de milhões. Mas a verdade é que eles são a exceção, não a regra.


Em resumo, é um ciclo onde a necessidade de um alimenta a existência e o lucro do outro, mas onde o controle e o benefício financeiro final se concentram no lado da infraestrutura.


 DESFAZENDO A ILUSÃO


Isso não significa que você deve abandonar as redes sociais. Longe disso! Elas continuam sendo ferramentas poderosas. No entanto, é crucial abordá-las com uma mentalidade realista.


Em vez de apenas correr atrás do próprio rabo produzindo sem parar, pergunte-se:


- Meu esforço orgânico está realmente gerando resultados para o meu negócio?


- Estou caindo na armadilha de produzir por produzir, ou meu conteúdo tem um propósito estratégico claro?


- Devo considerar o investimento em anúncios pagos como parte integrante da minha estratégia, em vez de uma "última cartada"?


Compreender que as plataformas têm seus próprios interesses comerciais é o primeiro passo para criar uma estratégia de conteúdo mais consciente e eficaz, que realmente sirva aos seus objetivos, e não apenas aos deles.



Luís Henrique

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